Candidato ao comando do Estado pelo DEM, o ex-governador da Bahia, Paulo Souto, negou, em entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5, que tenha feito qualquer tipo de acordo para que o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), seja o postulante do partido em 2018. “Ninguém de bom senso, que começa a disputar uma eleição, pode responder a uma indagação desta [sobre ser Souto candidato à reeleição, caso vença a disputa eleitoral]. Não tem acordo nenhum [com ACM Neto], não tem acerto nenhum. […] ACM Neto nunca tratou comigo sobre ser candidato em 2018. O objetivo dele é fazer um bom governo [municipal]”, afirmou. Sobre as pesquisas que apontam sua vitória no primeiro turno, o democrata disse não existir parâmetro com o que houve em 2006, quando apareceu à frente nos estudos e perdeu a eleição. “Não há nenhuma relação o que aconteceu agora com o que aconteceu em 2006. A candidatura do presidente Lula foi capaz de alterar o resultado da eleição. O que fico mais alegre do que as pesquisas é a forma que estamos sendo recebidos no interior do estado. A confiança, o calor humano, isso é melhor. É evidente que um resultado como esse reflete nos apoios. E os apoios equilibram o tempo de TV. As diferenças são mínimas”, apostou. Sobre a ponte Salvador-Itaparica, o candidato sugeriu trafegabilidade pela rodovia, mas disse que, caso o projeto esteja realmente adiantado, deve tocar a obra. “Nunca eu disse que sou contra a ponte Salvador-Itaparica. O governo, quando lançou essa ideia, h
á quatro anos, disse que conseguiria fazer a obra com recursos privados. A partir daí, com toda essa dificuldade que tem, o governo já gastou R$ 100 milhões só com estudos. Agora aparece um outro gasto de R$ 5 bilhões, com recursos públicos. É impossível o Estado ter investimento dessa ordem, na condição que ele está. Se a equação financeira estiver bem feita, claro que o projeto será tocado”, assegurou. O ex-governador prometeu, ainda, não misturar Copa e eleição. “São coisas completamente diferentes. Acabou a Copa, vamos celebrar esse feito. Definitivamente não temos a seleção dos nossos sonhos, mas não vamos confundir nada disso com as coisas que estão acontecendo no país”, pontuou. Por fim, Paulo Souto voltou a criticar os números apresentados pelo governo do Estado, que seriam comparados ao período em que esteve à frente do Palácio de Ondina. “O grande problema dos números do governo é que tudo que eles falam em números precisa ser auditado. É assim na questão do analfabetismo, por exemplo. Em quem eu acredito? No IBGE ou na propaganda do governo? Esses números de segurança… Se a gente conseguir voltar ao número de homicídios que era em 2006, vamos conseguir um feito. Na saúde, o que está acontecendo está escondido. Há desorganização…”, considerou. Fonte: Bahia Notícias