O que diz hoje o ex-prefeito de Itororó, Adroaldo Almeida, primeira pessoa a ser contaminada pelo coronavírus na região? Comprovado por teste realizado no laboratório Lacen, Adroaldo ficou sabendo que havia contraído covid-19 no dia 16 de março de 2020, ficando 14 dias em total isolamento dentro de um quarto e 41 dias dentro de casa.

Tudo ainda era muito desconhecido, nem mesmo os profissionais de saúde quase nada sabiam sobre a doença, que em poucos dias viria a se alastrar. Na época Adroaldo chegou a gravar um vídeo informando que havia se contaminado:

Na tarde desta segunda-feira (01), um ano depois, o “Cidade Acontece” entrou em contato com Adroaldo para saber um pouco sobre como ele reagiu na época, e sua visão sobre o atual momento que vivemos. “Os moradores da minha casa: minha esposa, minha filha e meu cunhado se contaminaram também, mas não transmitimos para ninguém”, conta.

Adroaldo conta que se passaram 72 dias depois da sua contaminação para uma outra pessoa ser contaminada na sua cidade, Itororó. “Tivemos todos os cuidados com os protocolos já naquela época”, lembra. Ele relata que seu sentimento depois de um ano de tudo isso é de muita tristeza, pois temos um governo federal de extrema irresponsabilidade no tratamento desta pandemia. “Estamos na estaca zero, somente 6 milhões de pessoas vacinadas no país inteiro”, aponta.

O ex-prefeito lembrou de que no governo do então presidente Lula na crise da Influenza, foram vacinadas em apenas dois meses 80 milhões de pessoas. Para Adroaldo no atual momento “o governo federal está boicotando, trabalhando contra, parece que torcendo pelo vírus, ameaçando os governadores, incentivando o povo a fazer manifestações. É necessário preservar a vida”, lamenta.

Adroaldo elogiou a atitude dos governadores Rui Costa (PT), da Bahia e de Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, que estão lutado com ações no Supremo para o governo federal pagar os leitos de UTI. “São gigantes esses governadores com extrema sensibilidade na luta.”

Em sua mensagem final: “eu quero transmitir esperança para as pessoas, essa é uma doença terrível, tem sequelas quase que permanentes, talvez eternas… mas nós vamos sobreviver a isto, e o povo brasileiro é superior ao governo que nós temos. O governo federal despreza o povo, lamentável!”, finaliza.

Por Roberto Alves