Morreu, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta brasileiro Ariano Suassuna, aos 87 anos. Sua última aparição pública foi no projeto “Ariano Suassuna – Arte Como Missão”, na última quarta-feira (16), no Teatro Castro Alves, em Salvador. Suassuna entrou em coma na manhã desta terça (22) e respirava com ajuda de aparelhos após um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, ocorrido na noite de segunda (21), quando foi realizado um procedimento cirúrgico para implantação de dois drenos para controlar a pressão intracraniana. Conhecido por obras como “Auto da Compadecida” (1955) e “Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta” (1971), o escritor era natural de João Pessoa (PB) e se mudou para Recife com a família aos 15 anos. Seus primeiros textos foram publicados enquanto ele ainda fazia estudos pré-universitários. Formou-se em Direito em 1950. Sua obra “O Auto da Compadecida”, encenada pela primeira vez em 1957 pelo Teatro Adolescente de Recife, projetou Suassuna para todo o mundo, após conquistar a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Foi Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978, tornou-se Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976, e ocupou a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras a partir de 1990.