Em entrevista à rádio Metrópole, além de dizer que não teme as comparações que serão feitas entre o governo do PT e o seu, o ex-governador e pré-candidato Paulo Souto (DEM) minimizou a ‘vantagem’ que os petistas alegam no pelo interior do estado; “Será que, além de auditar os números do governo, vamos ter que auditar as pesquisas também? Duvido muito isso. As lideranças do interior começam a nos procurar. Com cautela, elas estão sentindo qual o lado da opinião pública. Em Vitória da Conquista, comecei a identificar pessoas que caminharam com a gente, se afastaram, mas estão voltando”
Bahia 247 – Quem ouve o pré-candidato do DEM ao governo da Bahia, Paulo Souto, desconhece aquele ex-governador tímido de dois meses atrás. O democrata entrou de vez em clima de campanha e não cessa nas críticas ao petista Jaques Wagner, que deixa o cargo em 1º de janeiro de 2015 e quer deixar o correligionário Rui Costa como sucessor.
E em entrevista à rádio Metrópole nesta terça-feira, além de dizer que não teme as comparações que serão feitas entre o governo do PT e o seu, Paulo Souto minimizou o alarde que Wagner e os seguidores de Rui fazem acerca da ‘vantagem’ que alegam ter pelo interior do estado.
“Será que, além de auditar os números do governo, vamos ter que auditar as pesquisas também? Duvido muito isso. As lideranças do interior começam a nos procurar. Com cautela, elas estão sentindo qual o lado da opinião pública. Em Vitória da Conquista, comecei a identificar pessoas que caminharam com a gente, se afastaram, mas estão voltando”, disse o democrata, que tem sua chapa composta ainda por Joaci Góes (PSDB) como candidato a seu vice e Geddel Vieira Lima (PMDB) como aspirante ao Senado.
O ex-governador do DEM disse que “é preciso restabelecer a confiança entre o governo e a polícia” e que “essa falta de confiança” seria um dos fatores para o problema da segurança pública na Bahia, que, segundo ele, já “vitimou 34 mil baianos” nos últimos sete anos.
Além de rediscutir a relação do governo com a polícia, no caso de eleito, Paulo Souto pretende melhorar a distribuição do contingente de policiais, fazer investimentos em tecnologia e estratégias de prevenção ao crime.
“A segurança é uma questão emergencial”, disse, lembrando que o combate à criminalidade exige também a participação ativa do governo federal, pois o contrabando de armas e o crime organizado atuam em escala nacional.
Para ele, a segurança pública é um dos itens das chamadas seguranças sociais, que abrangem ainda saúde, educação e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. “Foi a insatisfação com a má qualidade desses serviços públicos essenciais, que motivaram as manifestações de 2013. Vamos focar na melhoria deles na Bahia”.
Souto disse ainda que, “se já não bastasse o atual governo petista deixar a saúde pública em caos e a educação com um dos piores índices de avaliação do país”, o estado se tornou um “devedor crônico”, com atraso permanente no pagamento de fornecedores e prestadores de serviços.
“Há três anos os relatórios financeiros indicam um buraco de R$ 2,5 bilhões nas contas. Para fechá-las, há o desvio de recursos vinculados, como de saúde e educação para pagar despesas que deveriam ser quitadas por outras fontes próprias”, explicou o líder democrata.
Paulo Souto afirmou que segue “uma tradição de políticos” e que tem como exemplo o falecido ex-senador e ex-governador Antônio Carlos Magalhães, “que zela pela administração pública”. “ACM cultivava o apoio dos partidos, mas dentro de limites que não comprometessem a gestão, assim como eu”.