Reunida com a formação original em 2015, quando gravou e lançou na web a música inédita Dando voltas no mundo, a banda franco-brasileira Metrô lança em agosto a edição comemorativa de 30 anos do primeiro álbum, Olhar (capa à esquerda), disco editado em 1985, ou seja, já há 31 anos.
Projetada em 1984 com a gravação do compacto que trouxe as músicas Beat acelerado (Alec Haiat, Yann Laouenan e Vicente França) e Sândalo de dândi (Alec Haiat, Yann Laouenan e Tavinho Paes), a banda ampliou o sucesso com Olhar, álbum que gerou hits como Tudo pode mudar (Joe Euthanazia e Ronaldo Santos) e Johnny Love (Alec Haiat, Yann Laouenan e Joe Euthanazia).
Embora editada com um ano de atraso, a dupla edição comemorativa dos 30 anos de Olhar se justifica pelo farto material adicional incluído no CD-bônus. Há demos de 1984 (das músicas Tudo pode mudar, Sândalo de dândi e da inédita Eu digo stop), registros ao vivo de músicas do álbum, remixes de algumas faixas e a gravação original de Beat acelerado.
O Metrô regrupado em 2015 reuniu a vocalista Virginie Boutaud com Alec Haiat (guitarra), Yann Laouenan (teclados), Zavie Leblanc (baixo) e Dany Roland (bateria). Olhar foi o primeiro álbum do grupo com o nome de Metrô, mas a banda chegou a lançar LP independente em 1983 quando ainda se chamava A Gota Suspensa.
Virginie saiu da banda em 1986 e o Metrô parou de circular em 1988, após a rejeição popular do hermético segundo álbum A mão de mão (1987). Desde então, o Metrô voltou para os trilhos algumas vezes e até lançou álbum em 2002, Déjà vu, mas sem nunca reeditar o sucesso da fase popular de Olhar, álbum que mostrou que o rock brasileiro podia ser eficientemente pop e radiofônico.
(Crédito das imagens: Metrô em 2015 em foto de Frederic Jean Laouean. Reprodução da capa da edição comemorativa de 30 anos do álbum Olhar)
Por Mauro Ferreira