O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu com o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP), com o objetivo de articular uma PEC para manutenção do Auxílio Brasil (antigo bolsa família), em R$ 600, em caráter de urgência e farmácia popular. Programas esses considerados essenciais devido à situação que o país vem enfrentando nos últimos anos.
Isso ocorreu, porque o atual presidente derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro (PL) não enviou o projeto à referida casa com esse valor como dizia em campanha, à reeleição, mas de R$ 400.
Sendo assim, Bolsonaro pôs uma espécie de “bola de ferro” no pé do seu sucessor, pois o futuro mandatário já entra dependendo negociar com o congresso.
Segundo informações, para isso, Lula conversou amigavelmente com o presidente da Casa e se abdicou de apoiar uma eventual candidatura de Renan Calheiros (MDB), para a presidência da Câmara.
Na oportunidade Lula teria dito não querer disputar a sucessão na Câmara, afirmando não se importar com disputa pelo poder, mas dialogar com o congresso e buscar alternativas para melhorar a vida dos brasileiros.
Dentre outras palavras, disse, “não interferir nos trabalhos de vocês e nem vocês interferem no meu, cada um sabe o que tem que ser feito”, afirmou o novo chefe do Alvorada que chega ao cargo mais importante do país pela terceira vez.
Lula poderia seguir por outro caminho, uma MP, mas isso poderia causar problemas políticos lá na frente, pois estaria se indispondo com a Câmara dos deputados. Para evitar desconforto, preferiu o caminho de uma PEC, mesmo correndo o risco de problemas jurídicos posteriormente, pois isso poderia causar um furo no teto de gastos, já que há uma lei de responsabilidade fiscal em jogo, mas Lula já disse que a preocupação dele no momento é tirar os mais de 33 milhões de pessoas da miséria. Inclusive, tem como pretensão, deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos, pois é um programa de extrema importância para famílias carentes.
Até onde se sabe, Lira já aceitou a proposta de emenda constitucional (PEC), resta saber se houve alguma exigência por parte deste. Aos poucos o presidente Lula vai tentando arrumar e reconstruir o Brasil, dado que Bolsonaro destruiu todos os ministérios por pura incompetência e descaso com a coisa pública. Sem apreço e amor à pátria como se auto-intitulava, Bolsonaro sai da presidência pelas portas do fundo, quem sabe para nunca mais voltar.
Por Agnaldo Barreto,
crítico político