Desde o dia 30 de outubro, em que o presidente derrotado nas urnas, Jair Messias Bolsonaro (PL), pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem se mantido em absoluto silêncio. Salvo um rápido discurso de menos de 2 minutos, o mesmo se mantém calado.

Não tem agenda ou qualquer outro compromisso; não aparece. Como um rato que se recolhe em um esgoto temendo a presa, até parece inofensivo, longe daquele “Ser” asqueroso que há anos vem tocando o terror no país, instituições republicanas, rede Globo, PT, urnas, membros do TSE e STF. “O sistema está contra mim”, se lembra disso?

E então? Como explicar uma mudança drástica como esta? Simples: fogo de palha, isso mesmo. Ele não pode sair, pois algum repórter poderá questioná-lo sobre a tal “fraude nas urnas”, que ele tanto afirmava, pondo-o contra a parede; se reafirmar a suposta fraude, ele será preso na mesma hora por não haver provas; se negar a tal fraude, perderá o apoio da militância quando ele for preso por diversos crimes cometidos ao longo de mais de 30 anos na política, tanto, durante o cargo de deputado, como já sendo presidente.

Muitos pensavam num certo golpe que nunca virá da parte dele. Bolsonaro se mostra um fraco, derrotado, covarde e mau perdedor. Não deu os parabéns ao vencedor pela vitória, por orgulho e principalmente por medo da prisão. Pois se ele o fizer, os militantes alucinados o deixarão, pois seria uma afirmação de que a eleição foi limpa.

Deu pra se ter uma certeza: o Bolsonaro não se tornou apenas um líder político, mas um líder político/espiritual. É necessário que nossa juventude seja ensinada nas escolas como funciona a política para que isso não ocorra novamente em nosso país.

Por Agnaldo Barreto,
crítico político