Não adianta tentar escondê-los, eles estão aí, bem na cara da direita conservadora. São os protestos, que pelo jeito, não têm hora e nem data para terminar. Todos os dias eles estão acontecendo, as ocupações em escolas e instituições crescem todos os dias, mas a grande mídia finge que não vê. Ainda não se sabe o que a direita pretende fazer com esses protestos nas urnas, nas próximas eleições. O fato é: eles existem.

Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55/241), que congela por 20 anos investimentos do governo, principalmente, em saúde e educação; um verdadeiro atraso na vida dos mais humildes, os protestos contra Temer (PMDB) vêm ganhando massa, cada vez mais. Mas não espere vê-los na Globo, em matéria do Jornal Nacional, com uma cobertura cinematográfica; pois dificilmente isso ocorrerá.

Quem pesquisar na história, verá que em 1984, a Globo também não deu cobertura ao movimento pelas “Diretas Já” para presidente da República. O grande comício na Praça da Sé, no mês de janeiro, do citado ano, com mais de 300 mil pessoas, parece piada, mas foi noticiado pela Globo no Jornal Nacional, como sendo parte das comemorações do aniversário da cidade de São Paulo. A Globo era contra eleições diretas. As manipulações dos Marinhos não são de agora.

Desde que assumiu o governo, através de um golpe parlamentar, Temer, não consegue colocar em prática o seu vexatório pacote de medidas econômicas para acalmar os ânimos do mercado financeiro, prestes a explodir a qualquer momento. De olho no poder, o ex-presidente FHC (PSDB) tenta acender a sua apagada chama política, e já articula pra 2017 a queda de Temer, visando retornar ao Palácio do Planalto, via eleição indireta. Outro que aparece tendo essa intenção e já começa a melar uma suposta chance de FHC, é o ex-presidente do STF, Nelson Jobim. Mas enquanto isso não acontece, alguém avisa a Globo que os protestos existem!

Por Roberto Alves